Continuação
cada um com a sua especialidade,meu pai carregava sua colher de pedreiro) e ambulância.
Aí estava a carência do meu pai, não sabia dirigir mas como palpitava! não dá, não dá alertava êle, eu só pra contrariar acelerava e retornava, nas tentativas de ultrapassar na Br116, evitando
olhar seu triunfo estampado na sua cara alegre.(diz a lenda que Jirú Mecânico, tentou ensiná-lo
a dirigir no seu Fordinho 49, no campo de futebol e que meu pai jogou a caminhonete na valeta).
Quando era viagem tranquila, dirigiam motoristas bananeiros de folga e outros. Pepino ia eu levar"que era meio doido" segundo sua generosa descrição) bêbados, gente machucada na labuta e o que mais temia,mulher prá dar a luz. Nas veraneios do meu pai nasceram quatro( eu acho, eu
dirigindo nenhum) crianças. Eu voava pelas vicinais rumo à Pariquera,unico hospital que atendia
os pobres do Funrural.Lá chegando,driblava a falta de tudo, documentos, médicos, atendimento.
E ameaçava.(vai você que é boca-dura! ordenava meu pai) Atendentes desavisadas, incautas
explicavam"falta isso, falta aquilo".O impasse terminava "corre, vai chamar o fulano,não tá vendo que é filho daquele japonês, o que fala,ameaça mandar carta pro jornal,(continua)
0 Comentários:
Postar um comentário
Assinar Postar comentários [Atom]
<< Página inicial